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Não sei o que dizer ao mundo inteiro,
Agora que me encontro aqui deitada,
Que fui, pelo amor, abandonada,
Aquele amor que arde. Foi meu primeiro.
Belo e casto, surge como a pomba,
Branca, anunciando voz da esperança,
De súbito, cai morta, no chão tomba,
Não sendo mais que no vento ar, lembrança.
Meus lábios estão sedentos dos dele,
Meu corpo escalda, anseia a vibração
Do abraço, do calor, do beijo, aquele,
Que surge como seta ou aguilhão.
E vagamente vou olhando e... nada,
Antes ouvia o canto dos seus passos,
Aparição de anjo, duende, ou fada,
Fundindo, com os meus, seus fortes braços.
Vivendo agora de olhares mortos, vagos
Meus olhos são dois lagos secos sem
Cisnes, deslizando como afagos,
Das amorosas mãos que o Diabo tem.
A vida presta? Prestará um dia,
Talvez no amanhã, erguer-me-ei
Mas hoje, arrasto-me pra luz sombria,
Dos sonhos que no passado sonhei.
Falam-me das árvores, das sebes,
Das flores, mares, montes e montanhas,
Mas como, amor, não sentes nem percebes,
Que tudo isto o teu amor tem. Que venhas
Ser musgo verde vivo onde me quero
Ver deitada e só, ter-te a meu lado,
Fingindo ser Diana, na força e esmero,
Nas minhas manhas ter-te aprisionado.
Ah sombra do que fui, e agora sou,
Sol adorado, mirro como a flor
Teu rosto vejo em trevas que levou,
A minha alma atrelada em tanta dor.
Responde, tu que vagamente me olhas
Por nuvens, pela célica morada
Porque entre variadíssimas escolhas
Fui, entre tantas, a mais acertada?
Descobre-me, ó infortúnio, ó agonia,
Pesam-me as pálpebras roxas, cansadas
Dos sonos mal dormidos nestes dias,
Escuros como noites mal fadadas.
Crava-me no peito afiadas garras,
Na tua lista, escreve o nome em sangue,
À barca do Inferno, solta as amarras,
Vem buscar a minha alma fraca, exangue.
António
Quero agradecer este prémio à minha amiga Virginiana e ao mesmo tempo pedir desculpa pela demora. Obrigada querida amiga. Espero que todos os meus amigos que me visitam regularmente o levem tb.
Beijinhos e um sorriso.
Maria
Pertencer-te? Nem a mim me pertenço.
Não sei quem sou nem sei se irei saber,
Quero ser ilha a ver se este mar venço...
Impeço-me de amar, de alguém escolher.
Tu pedes-me o infinito. Sou só estrela,
Dama de honor da Lua que é a mais bela.
A ninguém não pertenço. Alguém virá,
Encher-me o leito de formosas flores,
Desinteressadamente... Quem será,
O princípe encantado de mil cores?
Fixam-se de noite os olhos tristes,
E ao que te peço, à verdade, resistes.
O que é o Amor? Sei lá o que é o Amor.
Sei só que a minha boca não profere,
Palavra apetrechada dessa dor,
Cravada a quem não escolhe e alguém prefere.
Sabes? Não devias tanto ouvir-me,
Antes do amor eu quero descobrir-me.
Os beijos dados doces são. Porém,
Porque não cravas na mente as imagens.
Mesmo divagações de louco, há quem,
Nem uma tem, quieto nas ramagens.
Abraços são delícias, são prazeres,
E nada tens mais para me ofereceres.
Ó vida feita de tantos enganos:
Que amor é esse que tanto nos crava,
A garra adunca de mil desenganos
Amando mais quem sempre me enganava?
Que Amor se chama este que renuncia,
A pura liberdade, a poesia?
Como posso eu, perdida, exausta e louca,
Receber teu condão cativo em mim,
Se provo o fel da minha própria boca,
Que NÃO me deixa, anjo, dizer-te SIM?
Mas rasga este me peito de ansiedade
Devolve-me num beijo a liberdade!
António
Fui nomeada pelo meu querido amigo Sonho para as sete maravilhas dos blogs
Densa floresta, guardiã de luzes,
De luares transparentes, azulados
Matizada pelas lúridas cores,
Fogueiras honrando antigos deuses
Ferem-me no peito.
Ocultos, p'las ramagens inquietas,
Efervescendo, qual ordem dos ventos
Soprando, do abismo e do ignoto
Nos cânticos ancestrais se misturam,
Os ecos se propagam.
Livres corpos nus iluminados,
Beijos cândidos desferindo a Lua
Do Céu, testemunhado honras lunares
Vestindo prateado níveo manto
Colhendo estrelas.
Murmúrios solenes iniciam,
Antigos rituais e as pedras escutam
Transpirações nocturnas no calor,
Dos cânticos, louvores à Natureza,
A vida celebrando.
Círculos de braços apontando,
Aos deuses atentos a quem ora
E fere a carne lançando na terra,
O sangue, florescendo à volta, o viço
Milagre verdadeiro.
Acesas tochas bruxuleiam, quando
Subitamente, quebrado silêncio,
Pelo primeiro grito, posse de outra
Alma sem somente ser a sua
Do sono despertando.
Frenética dança, laboriosos transes,
Aspergindo odores quentes co' a frescura
Fundindo-se no odor celeste e puro,
Quando deuses caminham na terra
No olvido do Homem.
Oferendas, de sinceros cansaços
Honrando a celebração da vida,
Tão antiga quanto o nascimento
Ligando pontes entre o Céu e a Terra,
Torres de Gigantes.
E esparsos, caminhando lentamente,
Ao lar caminham leves como folhas
Guardando harmoniosa voz poemas,
Compostos pela Eterna Natureza
Assim cantam os Deuses...
António
. nomeada para as sete mara...
. Obrigado meu querido amig...
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