Sexta-feira, 9 de Junho de 2006
Cerra os dentes quem no céu impera,
Enegrecendo a costa e o mundo inteiro,
E um coração inquieto por ninguém espera
Dançando em ritmo exacto e verdadeiro.
"Para onde vais, meu bravo navegador,
Sem conheceres o sabor do desespero?
Põe freio aos teus impulsos, pois causador
De angústias, o mar altivo, é o mais fero."
Trancou portas aos seus tenros ouvidos
E fez-se ao mar sem pensamentos absorto,
Tornou-se por entre os outros mais conhecidos,
Aquele que atracou em luzídio porto.
Passaram os anos como areia entre os dedos,
Sem se ver mais quem foi superar seus medos.
De amor_perfeito a 21 de Junho de 2006 às 20:00
Palavras são como quadros, só dizemos as que sentimos e só pintamos o que nos vai na alma..Bonito!!beijocas
De
matleo a 2 de Março de 2007 às 18:06
gosto muitos destes poemas mas podias escrever outras coisas
Adeus!!!!!!!!!!!!
De Sandy a 21 de Abril de 2007 às 23:01
Gostei imenso deste post porque fala dos nossos antepassados que não temeram o mar e seus "monstros marinhos", mas também porque continua a ser actual - os nossos pescadores e os do mundo inteiro continuam na conquista do alto mar, sem saber se um dia hão-de voltar. Uma mãe chora, uma esposa anseia, um filho questiona... "Ó mar salgado quanto do teu sal são lágrimas de Portugal" (Pessoa)
Beijokas.
querer partir, é já partir um pouco.
o navegador sempre parte antes.
sem pensamentos se faz ao mar, absorto.
absorto.
absorto...se perde como um tempo correndo como areia, entre os dedos
Lindo, teu poema.Verdadeiro.Abraço
Comentar post